Fort Lauderdale, Flórida, 6 de Julho de 2003 Ano XI  Lição Nº 27


 

O DEVER DE ORAR!

Caramuru Afonso Francisco   Brasil

Brasileiro, professor e articulista - Brasil

 Vivemos em um mundo onde as principais religiões contêm em suas regras fundamentais a oração. Seja entre os judeus, seja entre os muçulmanos, seja entre os budistas, seja entre os hinduístas, a oração e a meditação têm lugar de destaque em suas práticas religiosas e em sua devoção. Quando observamos, por exemplo, o fervor dos islâmicos que, cinco vezes ao dia, dirigem suas faces em direção a Meca e fazem suas orações onde quer que estejam, ou dos judeus, que tem suas três orações cerimoniais diárias, vemos como as palavras de Jesus são atuais (Mt.6:5) e como devemos fugir da ostentação e do formalismo em nosso relacionamento com Deus. Há muitos crentes que se comprazem, em suas congregações, em intermináveis, longas e altas orações, para demonstrar uma santidade perante os seus conservos. Há muitos crentes, ainda, que, de forma automática, repetitiva e num estado em que os lábios estão completamente desligados do coração, fazem verdadeiras rezas, o que é igualmente condenado pelo Senhor (Mt.6:7). De nada adianta ficarmos repetindo palavras a esmo, sem que nelas esteja nosso coração, nossas mentes, como se as palavras tivessem poder em si (algo, aliás, que tem sido, indevidamente, pregado por aí, como se estivéssemos acolhendo a idéia das "palavras mágicas" dos contos de fadas, ou, o que é ainda pior, acolhendo a idéia hinduísta dos "mantras", que ficaram famosos no Ocidente através da seita "Hare Krishna"). Deus ouve ao contrito de coração, àquele que, efetivamente, estiver entregando a sua alma no seu diálogo com Deus, num diálogo que vem do interior do homem ao interior de Deus. Se devemos orar sempre, Jesus também salientou que o dever de orar impõe uma outra conduta: o de nunca desfalecer, o dever da perseverança, da insistência, de confiança diante de Deus. Quem ora deve ter a convicção de que Deus está ouvindo a sua oração e de que irá responder ao clamor, bem como que irá providenciar o melhor para aquele que O busca. A oração daquele que desiste, daquele que esmorece, daquele que não insiste é algo igualmente vazio e sem qualquer validade diante de Deus. Quem ora numa perspectiva de que deve ser atendido de imediato, de que o nome de Deus é "Já" e que não tem que esperar, não ora, segundo nos ensina Jesus, mas, simplesmente, perde seu tempo, pois esta oração não corresponde ao dever que tem o servo de Deus, pois é uma oração que trará, em breve, o desânimo, que não representa qualquer submissão a Deus e que, portanto, não alcançará qualquer resultado prático.

Oração

Pedro Marques Pereira Estados Unidos

Português, professor, diretor da Sonotécnica e membro da Diretoria.

O ato de orar significa que existe uma comunicação entre Deus e os homens. É a expressão livre e sincera do coração do homem para com Deus (1Rs 9.3; Mt 7.7). Ou seja, cada vez que falamos, pedimos, intercedemos, clamamos ou rogamos a Deus, estamos a orar. A oração pode ser feita em adoração, ação de graças, confissão, petição e clamor (Ne 1.4-11; Dn 9.3-19) O maior exemplo da Bíblia de oração é aquele em que Jesus ensina aos seus discípulos como fazê-lo (Mt 6.8-13). A oração deve ser feita a Deus Pai, em nome de Jesus, com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14.13; Rm 8.26). Jesus ensina em primeiro lugar que nós devemos dirigir-nos a Deus como Pai, o que revela uma relação íntima. Em segundo lugar, Jesus faz seis pedidos, onde os três primeiros são dirigidos a Deus, e os demais feitos em nosso favor, como filhos:
     * Mt 6.9b – Exaltação a Deus (feita a Deus Pai)
     * Mt 6.10a – Expansão do Reino (feita a Deus Majestoso)
     * Mt 6.10b – Proclamação do seu poder (feita a Deus Soberano)
     * Mt 6.11 – Nossa submissão à providência divina (material)
     * Mt 6.12 – Nossa sujeição à justiça divina (espiritual)
     * Mt 6.13 – Nossa dependência ao poder divino (sobrenatural)
Os judeus em geral oravam de pé (Dn 9.20), e quando de joelhos, simbolizava uma maior devoção a Deus (2Cr 6.13). Em ambos os casos, a oração era feita com as mãos levantadas aos céus (1Rs 8.22; Ne 8.6) ou ao santuário (Sl 28.2). Também era costume orar prostrando-se com o rosto em terra, em sinal de humilhação e arrependimento (Sl 35.13).  Dependendo da situação espiritual da pessoa ou da nação, as orações eram acompanhadas de jejum, e as pessoas vestiam-se de saco e cinza, a fim de suplicar o perdão e a misericórdia do Senhor (Jn 3.5-8).

 

a vida devocional diÁria do cristÃo

Manuela Barro Estados Unidos

Brasileira, professora, diretora do Evangelismo e Tesoureira da Igreja.

Texto Áureo da Lição

 Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tiago 5.17,18)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: NO JARDIM, número 296 da Harpa Cristã.

 

1. O PERFIL DA VIDA DEVOCIONAL 
Buscando a escalada: Rm 8.1; Tg 1.21; 2Tm 2.4,22; Gl 5.1,16; 1Jo 1.5-7.
Trabalhando na manutenção: Tg 1.22; 1Co 10.23; 13.12-15; 1Tm 4.12-16.
Fugindo da decadência: Tg 1.23,24; 1Co 10.12; 1Tm 1.18,19; Rm 12.1,2.
2. AS ARMAS DA VIDA DEVOCIONAL  
A oração: Dn 6.10,11,22; At 12.5,11,12.
A palavra: Sl 1.2,3; Js 1.8 .
 O louvor: Ef 5.19,20; At 16.25.
3. O SUCESSO DA VIDA DEVOCIONAL  
Se aperfeiçoa a fé em Deus: Hb 10.36-39; Dn 3.16,17; 1Rs 18.36-39.
Se aperfeiçoa o temor a Deus: At 20.26-28; Gn 39.9.
Se aperfeiçoa a intimidade com Deus:  At 16.5-10; 2Tm 4.6-8; 1Rs 17.4,9.

Texto da Lição:

1 Timóteo 2.1-8

1
Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,
2
pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade.
3
Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador,
4
que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.
5
Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,
6
o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
7
Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gen?tios, na fé e na verdade.
8
Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.

(ARC)