Fort Lauderdale, Flórida, 24 de Novembro de 2002 Ano X  Lição Nº 47


 

Alegria na Tristeza

Pr. Marcos Amazonas dos Santos Portugal

Brasileiro, pastor, professor e conferencista.

“Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados. Também a minha alma está muito perturbada; mas tu, Senhor, até quando?Volta-te, Senhor, livra a minha alma; salva-me por tua misericórdia. Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará? Estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar em lágrimas a minha cama, inundo com elas o meu leito. Os meus olhos estão consumidos pela mágoa, e enfraquecem por causa de todos os meus inimigos. Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade; porque o Senhor já ouviu a voz do meu pranto. O Senhor já ouviu a minha súplica, o Senhor aceita a minha oração.” (Salmo 6:1-10) Vinícius de Morais cantava que a tristeza não tem fim. Na verdade, a tristeza é uma realidade nas nossas vidas. Por mais que não gostemos de reconhecer este facto e de ter de conviver com esta realidade, somos pessoas que sofrem e ficam tristes. David expõe toda sua tristeza neste salmo. Chora diante de Deus e não tem medo de parecer ridículo diante de Deus. Ele tem coragem de dizer o que está a perturbar o seu ser e por este motivo alcança a paz interior. A primeira coisa que este salmo nos ensina é que a tristeza é uma realidade na vida de todas as pessoas. Pessoas que amam a Deus e o servem fielmente são atacadas pela tristeza. David não dissimula, não esconde sua dor e as lágrimas que têm derramado. É o servo de Deus, alguém que teme a Deus, mas está a passar por um sofrimento terrível. Amar a Deus e servi-lo, não irá nos ilibar das tristezas. Outra coisa muito interessante que o salmo nos ensina aqui é que devemos reconhecer as nossas fraquezas e confessá-las a Deus. David diz que é fraco e precisa ser sarado por Deus. Como é difícil para o ser humano reconhecer seus erros. Como é difícil mostrar-se fraco em uma sociedade que preconiza a lei do mais forte. Contudo, para que possamos ser sarados por Deus, devemos estar diante dele com sinceridade e assumindo o nosso estado. David mostra sua fraqueza e tristeza e clama pela misericórdia e bondade de Deus. Sendo assim, devemos assumir as nossas fraquezas e reconhecê-las diante de Deus. A tristeza faz com que nos aproximemos de Deus. David diz que havia envelhecido. Estava a ser consumido pela tristeza, mas é vivendo nesta situação que ele clama a Deus. É na tristeza que a nossa fé é lapidada. David pede para ser salvo pela bondade de Deus e depois conclui afirmando que o Senhor já ouviu a sua oração. Ele nos ensina que Deus não está distante. Ele mostra-nos um Deus próximo e actuante. Aprendemos que Vinícius de Morais estava errado, pois a tristeza termina quando aprendemos a confiar em Deus e na sua intervenção nas nossas vidas. Não há problema em ficarmos tristes. Muitas vezes somos perseguidos e isto nos magoa e entristece. Mas devemos entender que Deus deseja ouvir a nossa súplica e a nossa dependência na sua actuação. Clamemos ao Senhor mostrando que cremos em todo o seu poder.

Hagar

Manuela Barros USA

Brasileira,  professora e diretora de evangelismo.

Nome da escrava egípcia de Sara que significa "errante". Depois que Abraão recebe de Deus a promessa de um filho, Sara oferece sua escrava por concubina, pois esta era estéril (Gn 16.1). Segundo o costume, esperava que o filho gerado por Hagar, se lhe nascera sobre seus joelhos, e se faria sua herança. Porém, quando Hagar engravidou de Abraão, passou a desprezar a Sara que conseguiu de seu esposo  permissão de afligi-la. Hagar foge para o deserto onde um anjo a encontra e lhe manda regressar humilhada a sua senhora; e lhe revela que sua semente seria um grande povo e que seu nome seria Ismael (16.9-11). Mais tarde quando Sara gerou a Isaque, viu ela que o filho da escrava zombava de seu filho. Sara foi outra vez a Abraão e instou-o a despedi-la de diante deles, o que a princípio pareceu mal aos olhos de Abraão, mas que Deus o disse que era a coisa certa a ser feita. Na manhã seguinte, Abraão deu um pão e um odre de água a Hagar e despediu-a a caminho do deserto de Berseba. Quando a água acabou, Hagar pôs Ismael debaixo de uma árvore para ali morrer quando por segunda vez lhe apareceu um anjo que lhe fez ver um poço d'água e confirmou que de Ismael nasceria uma grande nação. Hagar mais tarde toma uma mulher egípcia por mulher a seu filho (21.1-21). O nome de Hagar volta a aparecer na carta de Paulo aos Gálatas como uma alegoria dos dois concertos da lei e da graça. Um gerando filhos para escravidão na carne, que é a Jerusalém terrestre e seus filhos (judeus) e a outra que gera filhos para a liberdade pela promessa de Deus, que é a Jerusalém celestial que é a mãe de todos os que foram alcançados pela graça de Deus (Gl 4.21-31)

VACILANDO NA FÉ

Adriana DaCosta USA

Canadense, professora e tesoureira da igreja.

Texto Áureo da Lição

Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e há de passar, e nada vos será impossível.  (Mateus 17.20)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: SOBRE AS ONDAS DO MAR 467 da Harpa Cristã.

 

1.  A essência da fé do crente  
Deve ser perseverante: I Sm 1.12; Rm 12.12; Lc 8.15; Gn 16.3
Deve ser em obediência: Rm 16.26; 2Rs 4.3-6; Lc 5.5; Jo 9.6-7
Deve ser provada: Hb 11.17; Tg 1.2-3; Dn 6.16; 3.16-18; At 12.4
2.  A causa de uma fé vacilante
Vida fora do altar: Hb 10.38; At 5.3; Ef 4.14
Vida dirigida por sentimentos humanos: Gn 16.2; I Rs 19.3-5; Gn 4.8; Mt 26.51
 Vida em desobediência: Jz 16.20; Jn 1.3
3.  A fé na vida do crente
Traz esperança Hb 11.1; Jo 19.25; Mt 9.21
Move barreiras: Mt 17.20; Lc 7.6-7; Js 6.20
Alcança vitórias: Lc 7.6; Mt 17.20; Mt 9.22

Texto da Lição:

Gênesis 16.1-6, 10,11,15,16

 Gn 16.1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe gerava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. 2 E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai. 3 Assim, tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
4 E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e, vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
5 Então, disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti. Minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela, agora, que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O SENHOR julgue entre mim e ti.
6 E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face.
10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremaneira a tua semente, que não será contada, por numerosa que será. 11 Disse-lhe também o Anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome Ismael, porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição. 15 E Agar deu um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que tivera Agar, Ismael. 16 E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu Ismael a Abrão.

(ARC)